terça-feira, 22 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Uma salva de palmas!!!!
domingo, 13 de setembro de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
Henrique!!!
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
29 de Novembro de 2008
Este é mais um dia de aniversário do nosso querido Pai e mais uma vez nos voltamos a reunir à sua volta para vivermos em família esta data tão cheia de significado.
Por tudo o que esta data representa para nós, vêm-me à memória certas passagens que guardo desde os meus tempos de menino e que, ao longo da vida, têm constituído precioso tesouro que quero hoje partilhar convosco:
“Recordo-me de tudo o que fiz no dia em tu nasceste”.
Ouço inúmeras vezes esta frase, carregada de muito afecto, da boca do nosso Pai. E depois lá vem a narração dos factos …
Certamente cada um de nós terá muitas recordações afectuosas do nosso querido Pai, da nossa querida Mãe e dos nossos Avós! …
Quem teve uma infância tão desamparada física e afectivamente conseguiu criar à sua volta uma rede de afectos espalhando-os por todos os que o rodeiam. Conseguiu criar, com a nossa querida Mãe, uma família onde sempre nos sentimos bem porque o carinho sempre nos agregou. Também a educação e a disciplina nos acompanharam ao longo do nosso crescer.
Os mais pequenos momentos eram aproveitados para nos ensinar alguns aspectos que devíamos ter em conta no nosso agir.
Guardo na lembrança, por exemplo que quando a nossa S. José (Gégé) foi estudar para Leiria, em1960, o Pai andava no campo na sementeira do centeio. Fez um intervalo para vir a casa despedir-se da filha, tendo-lhe recomendado os cuidados a ter na viagem!
Recordo-me disto como se fosse hoje, talvez porque, desde logo, me tenha apercebido da importância deste cuidado do Pai com a filha.
Um dia, por volta dos meus 5 ou 6 anos de idade, disse-me: “Quando alguém te perguntar quem é o teu pai diz sempre: “ é o Sr. Messias Palos” e que não dissesse como os outros rapazes, “sou filho do ti Messias” .
Estes factos, como tantos outros, definem uma pessoa com uma enorme sensibilidade, saber e educação, aprendidos na escola da vida, já que não pôde contar com os pais que o deixaram órfão em muito tenra idade.
O Pai refere muitas vezes que algumas pessoas lhe diziam, para seu bem, que fizesse desta ou daquela maneira, a respeito das mais diversas coisas. E, reconhecido, acrescenta: “aprendi muito com muita gente”.
E nós podemos dizer que o nosso Pai tem ensinado muito, com a sua enorme sabedoria, a quantos têm privado com ele, muitos dos quais têm manifestado a importância dos seus conselhos.
No meio da família unida e afectuosa que formou com a nossa querida Mãe, faz questão de manifestar, repetidamente, que se sente uma pessoa feliz. E todos nós, à sua volta, nos sentimos unidos por esta mesma felicidade.
Obrigado, querido PAI!
Peroficós, 29 de Novembro de 2008
Zé
domingo, 9 de novembro de 2008
Retrato do avô
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Peroficós em festa dez anos depois
Sexta-feira, 8 Agosto, 2008 in A Cidade e as Terras, Peroficós | Tags: cerdeira, Peroficós | by jclages
A música voltou a ouvir-se no Peroficós. Dez anos depois das últimas comemorações as ruas da aldeia foram percorridas pela procissão do Santíssimo Sacramento. E como recordar é viver, recordamos alguns episódios associados ao Peroficós.
O Peroficós é terra de passagem. Terra de passagem? – Valerá menos que as outras? – perguntará o leitor? Não. Claro que não. Mas fica a caminho da estação da CP da Cerdeira e isso diz quase tudo para quem conhece o concelho do Sabugal. No tempo em que o caminho-de-ferro tinha a sua importância (o petróleo era barata mas os carros eram poucos) o Peroficós era local de passagem obrigatório.
Recordo com emoção os tantos e tantos domingos à noite que por lá deixei a velhinha «Famel Zundapp» a caminho da estação da Cerdeira e do «Beira Alta» que me levaria até à Base da Ota e tantas e tantas sextas-feiras à tarde em que a minha fiel amiga me esperava para me trazer de volta a casa.
A Cerdeira e, em especial, o Peroficós ficam como marca de um tempo que já não volta mas que temos obrigação de não deixar morrer. Esse «Beira Alta» de domingo à noite que parava em todas as estações e apeadeiros até Lisboa era o comboio dos militares. Tinha uma locomotiva diesel que era mudada na Pampilhosa e dois tipos de carruagens: salão e compartimentos. E como não podia deixar de ser para a malta da Raia havia uma carruagem de compartimentos que ficava com os lugares marcados logo a partir da Cerdeira. Era a carruagem que levava no primeiro compartimento um serviço improvisado de bar. E a longa viagem de cerca de oito horas através da madrugada demorava menos a passar. Um dia o meu amigo Paulo Saraiva adormeceu. Passámos Santarém e acordei-o dizendo que era na próxima. Mas a próxima, nesse dia, foi o Setil (terra de ninguém) e o Paulo, meio estremunhado, sentindo o comboio a afrouxar, pegou na mochila, abriu a porta e saltou para a plataforma. Passados poucos segundos o sinal ficou verde e o maquinista arrancou. E ficámos todos a ver pelas janelas aquela farda azul-escuro que, parada no meio do cais, não percebia porque não tinha ninguém à volta. Chegou um pouco atrasado à base mas ainda hoje em conversas de amigos recordamos e gozamos com o episódio.
Anexa do Seixo do Côa e convivendo paredes-meias com outra anexa, a Redondida (da Cerdeira do Côa), o Peroficós voltou a celebrar a festa do Santíssimo Sacramento abrilhantada pela música da Banda de Pinhel.
E foi desculpados com o pretexto da santa festa que nos reunimos em casa de Joaquim dos Santos, homem bom que conhecemos desde sempre e que nos deixava guardar a motorizada no seu cabanal.
De hoje em um ano!
«A Cidade e as Terras», opinião de José Carlos Lages
jcglages@gmail.com
terça-feira, 12 de agosto de 2008
A capeia arraiana é uma tradição secular que se realiza unicamente nas terras do Sabugal. Ano após ano, a festa repete-se e ganha admiradores
Durante este mês milhares de pessoas dirigem-se à zona fronteiriça do Sabugal, distrito da Guarda, atraídas pelas tradicionais touradas que se realizam nas aldeias do concelho, denominadas capeias arraianas. O desafio está lançado e qualquer morador de cada uma das povoações pode participar, na sua terra, na lide do touro com recurso ao forcão, "instrumento fundamental e que dá a verdadeira originalidade às touradas da raia do Sabugal", refere Adérito Tavares, natural de Aldeia do Bispo, no livro Capeia Arraiana. A tradição remota aos tempos em que os touros espanhóis invadiam terrenos agrícolas portugueses e aí causavam estragos, tendo nascido como um meio de defesa. "As touradas começaram há uns 300 anos com touros que vinham de Espanha e depois passou a tratar-se de uma brincadeira", explica José Romeu, 67 anos, que sempre acompanhou a festa e a considera "uma forma de atrair avós, filhos e netos". Perante o declínio da população no concelho, diz mesmo que "se não fossem as touradas já não haveria cá ninguém". O dia da capeia é sempre um dia de emoções, começando logo de manhã com o encerro dos touros, que percorrem toda a aldeia a pé e são conduzidos até ao local onde serão lidados. Já dentro da praça, o forcão entra em cena. Trata-se de uma estrutura de madeira, à base de carvalho e pinho e em forma de triângulo, com a qual homens e rapazes enfrentam o touro, enquanto os espectadores incitam e aplaudem. A madeira escolhida para a fazer o forcão tem que ter certas características e "os paus não podem estar muito secos porque, se tal acontecer, partem com facilidade" durante a lide, explicou à agência Lusa José Domingos, residente em Forcalhos. "Com o forcão lidamos o boi durante cinco a sete minutos. O objectivo é esperar o boi e ele marrar. Se ele não marrar, já é um fracasso", acrescentou. No interior do forcão os mais baixos deverão ficar à frente, segurando a galha onde o touro marra. Atrás ficarão os mais altos, no chamado rabicho, com a função de "conduzir o rumo do forcão", explica José Romeu. "Só pegam homens e rapazes embora, algumas vezes, uma ou outra mulher, com coragem, também lhe agarre", esclareceu José Domingos. As capeias são preparadas ao pormenor e os forcões, com mais de 300 quilos, são feitos anualmente pelos habitantes de cada aldeia. "Muitas terras onde não existiam capeias aqui na zona passaram a fazê-las pela forma como mobilizam as pessoas", salientou José Romeu.